27.3.06

Não faz parte do prefácio (mas podia vir de uma dia-crónica)

Para este livro fui roubar o título a Fernando Pessoa porque as dia-crónicas reflectem a minha maneira de lidar com a fragmentação, o desmembramento do eu, a busca do sentido. Estar partido entre arquipélagos com estruturas e referências culturais diversíssimas – o arquipélago português, o açoriano, o l(USA)landês, (ou luso-americano), o americano propriamente dito e ainda a ilha que é ser-se português no resto do mundo – gera conflitos de identidade, de valores, de ambiguidades e despersonalização, e provoca questionamentos de sentido. Ou de sentidos. [Onésimo Teotónio de Almeida, Providence, Rhode Island, 25 de Março de 2006]

O autor encerrou a apresentação que hoje teve lugar na Casa Fernando Pessoa, com aquela que poderia ser mais uma das suas crónicas "em mangas de camisa". Bendito desassossego(!), terão pensado os muitos presentes (há fotografias da sessão que ficam para breve).