3.10.06

E o Nobel irá para...









O prémio Nobel da Literatura é a única das distinções anuais da Fundação Nobel que não é anunciada em data certa. Estabeleceu-se que o vencedor se torna conhecido sempre numa quinta-feira de Outubro, mas nunca se sabe previamente qual. Este secretismo do conclave sueco, composto por 18 membros vitalícios (mas provisoriamente reduzido a 16, após a morte de Östen Sjöstrand e Lars Gyllensten, em Maio deste ano), secretismo reforçado por uma rigorosa disciplina interna que impede as fugas de informação, provoca todos os outonos um surto especulativo nos círculos literários internacionais. Das revistas de referência à Internet, passando pelas casas de apostas britânicas, toda a gente parece ter uma opinião, um palpite ou uma certeza a partilhar com os restantes mortais. De entre os vários sucessores possíveis do dramaturgo inglês Harold Pinter, vencedor em 2005, perfila-se, como aparente favorito entre os favoritos, o romancista turco Orhan Pamuk, que tem dois livros traduzidos em português. Além dos "nobelizáveis" do costume - Roth, Vargas Llosa, Milan Kundera, Salman Rushdie, Amos Oz, Margaret Atwood, Carlos Fuentes, Doris Lessing, etc. - a imprensa sueca não se tem cansado de avançar com nomes menos óbvios (como o holandês Cees Noteboom ou o francês J.-M. G. Le Clezio) e mesmo alguns potenciais outsiders virtualmente desconhecidos na Europa, casos da argelina Assia Djebar, do sul-coreano Ko Un e de Tomas Tranströmer, um "homem da casa". (fonte: DN)

Adenda: o vencedor do prémio Nobel de Literatura de 2006 será anunciado na próxima quinta-feira, dia 12.