31.10.06

Época dos prémios literários arrancou em França










Uma canadiana anglófona que escreve em francês e um jornalista do diário gaulês Libération são este ano os laureados dos prémios literários Femina e Médicis. Nancy Huston foi a preferida das senhoras do prémio Femina com o seu romance escrito em francês, Lignes de Faille, editado pela Actes Sud. O júri do Médicis escolheu, por seu lado, Sorj Chalandon e o seu segundo romance, Une Promesse (edições Grasset). Nancy Huston deixou há 25 anos as montanhas geladas de Calgary, no Canadá, para se instalar em Paris. Capaz de escrever em inglês como em francês, Huston é uma das raras escritoras que conseguiram impor uma obra numa língua diferente da sua língua materna. Lignes de Faille é o olhar comovente de quatro gerações de crianças sobre uma família americana com origens europeias pouco claras. Os críticos literários consideram que a autora conseguiu uma obra-prima com este livro. Sorj Chalandon é uma das mais belas assinaturas da imprensa francesa. Repórter de guerra no Iraque, no Líbano, na Somália e no Afeganistão, Chalandon ganhou o prémio Albert Londres de jornalismo, em 1988, com as suas reportagens extraordinárias sobre a Irlanda do Norte e pela sua cobertura do processo do antigo nazi Kalus Barbie. Une Promesse conta a história de uma promessa feita na infância por sete amigos, para neutralizarem o "maior perigo do mundo". (fonte: Público)