27.11.06

Mário Cesariny de Vasconcelos (1923-2006)













Dele diz-se que a obra se confunde com a sua vida. Mário Cesariny, poeta e pintor, principal representante do surrealismo português, morreu ontem, em consequência de um cancro na próstata, cerca das 5h30 da madrugada, na sua casa, em Lisboa. Doente há vários anos, o seu estado de saúde havia-se agravado nos últimos dias. Tinha 83 anos. Da sua extensa obra literária sobressai a poética e o trabalho de antologista, compilador e historiador das actividades surrealistas. Dela fazem parte títulos como Corpo Visível, Manual de Prestidigitação, Pena Capital ou Antologia Surrealista do Cadáver Esquisito. Em 2002 foi-lhe atribuido por unanimidade o Grande Prémio EDP de Artes Plásticas e, o ano passado, recebeu duas importantes distinções: o Grande Prémio Vida Literária APE/CGD, pelo conjunto da sua obra, e a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, entregue pelo então Presidente da República Jorge Sampaio. Na pintura, o seu espólio foi doado a uma fundação de Famalicão, onde a autarquia prepara a construção de um Centro de Estudos do Surrealismo (CES). Prevê-se que as obras possam arrancar em 2009. (fonte: Público)