21.2.07

Universo Pessoal de Fernando Assis Pacheco (Casa Fernando Pessoa, em Fevereiro) [Actualizado]















Fernando Assis Pacheco faria 70 anos no dia 1 de Fevereiro de 2007. Assis Pacheco fará 70 anos a 1 de Fevereiro próximo. E a Casa Fernando Pessoa assinala o aniversário com programação concebida em conjunto com a família de Pacheco, que se estenderá por todo esse mês.

A iniciativa Universo Pessoal de Fernando Assis Pacheco começa em dia de aniversário, 1 de Fevereiro, às 21h, com a inauguração de uma exposição que reúne objectos pessoais do poeta e jornalista. Para falar de Fernando Assis Pacheco contaremos com as presenças de João Rodrigues, Manuel Alberto Valente e Tiago Rodrigues, que com ele privaram. Haverá leitura de poemas.

Uma semana mais tarde, a 8 de Fevereiro, pelas 21h30, o tema é Fernando Assis Pacheco e as Novas Gerações; falarão Pedro Mexia, Gustavo Rubim e Ricardo Araújo Pereira. A sessão terminará com uma leitura de poemas.

Dia 15, à mesma hora, será Fernando Assis Pacheco poeta, revisitado por Fernando J.B. Martinho e Abel Barros Baptista. O poeta Pedro Tamen irá ler poemas do seu amigo e homenageado.

Finalmente no dia 26 de Fevereiro, o programa privilegiará o trabalho jornalístico de Fernando Assis Pacheco, comentado por José Carlos Vasconcelos e por Rogério Rodrigues. Para esta sessão de encerramento convidámos também o actor Diogo Dória, que fará a leitura de poemas.

Fevereiro será o mês de Fernando Assis Pacheco.


Quem foi (quem é) Fernando Assis Pacheco? «Poeta, ficcionista, jornalista e crítico (1937-1995), viveu na cidade onde nasceu, Coimbra, até ir para a tropa, em 1961. Foi na juventude redactor da revista Vértice, circunstância que lhe permitiu privar de perto com poetas da sua geração, como Manuel Alegre e José Carlos de Vasconcelos. Publicou o primeiro livro em Coimbra, a expensas paternas, não obstante se encontrar, na altura, em África. Cuidar dos Vivos se intitula o livro de estreia - poemas de protesto político e cívico com afloramento dos temas da morte e do amor. Em apêndice, dois poemas sobre a guerra em Angola, que terão sido dos primeiros publicados sobre o conflito. A temática africana de guerra voltaria a impor-se em Câu Kiên: Um Resumo (1972), ainda que sob "camuflagem vietnamita", livro que conheceria em 1976 a sua versão definitiva: Katalabanza, Kilolo e Volta. Memória do Contencioso (1980) reúne "folhetos" publicados entre 1972 e 1980, e Variações em Sousa (1987) marca como que um regresso aos temas da infância e da adolescência, com Coimbra em fundo, refinando uma veia jocosa e satírica já visível nos poemas inaugurais. A novela Walt (1978) atesta-o exuberantemente. Era notável em Assis Pacheco a sua larga cultura galega, aliás sobejamente explanada em alguns dos textos jornalísticos e no seu livro Trabalhos e Paixões de Benito Prada. Em A Musa Irregular (1991) reuniu o poeta toda a sua produção. Nunca conheceu outra profissão que não fosse o jornalismo: deixou a sua marca de grande repórter no Diário de Lisboa, no República e no JL: Jornal de Letras, Artes e Ideias. Foi chefe de redacção de O Jornal, semanário onde durante dez anos exerceu crítica literária. Traduziu para português obras de Pablo Neruda e Gabriel Garcia Marquez.»
(editado a partir da biografia in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. VI, Lisboa, 1999)