27.8.07

Morte de um epicurista













Eduardo Prado Coelho (1944-2007)

Definiu-se assim no último livro: "Um português de classe média, professor, escrevendo nos jornais, tendo uma certa vida pública e cerca de 60 anos, com uma filha, um neto e algumas histórias de amor." Eduardo Prado Coelho, de 63 anos, professor universitário, crítico literário e ensaísta, morreu sábado último na sua casa em Lisboa, vítima de ataque cardíaco. Era colaborador do Público desde o primeiro número, tendo mantido nos últimos dez anos uma coluna de segunda a sexta-feira, O Fio do Horizonte, que iniciou no dia 2 de Fevereiro de 1998. Nasceu em Lisboa, a 29 de Março de 1944. A mãe, Dália Reis de Almeida, era professora do ensino secundário, licenciada em Românicas. O pai, Jacinto Prado Coelho, era professor catedrático de Literatura Portuguesa Moderna na faculdade onde o filho se licenciou. Era também crítico literário e ensaísta, uma referência no seu tempo. Apesar de o seu pai querer que fosse para Direito, foi decisiva uma conversa que teve com José Hermano Saraiva para se inscrever em Filologia Românica na Faculdade de Letras de Lisboa. Contou ao Diário de Notícias, em Setembro de 2001, que nessa altura o pai lhe deu um conselho que não seguiu: "Tens muitas qualidades, mas um enorme defeito: só fazes as coisas que te dão prazer." (fonte: Público)