29.9.06

Miguel Real vence Prémio Fernando Namora

O romance A Voz da Terra, de Miguel Real, é o vencedor do Prémio Fernando Namora/Estoril Sol, no valor de 15 mil euros. O júri, presidido por Agustina Bessa-Luís, foi unânime na escolha da obra vencedora. (fonte: Diário Digital)

Setembro vivo



















Recital de Rogério Cardoso Pires (dia 26); Quartetto Discantus, versão trio (dia 27); Livros em Desassossego, à volta do romance histórico (dia 28); inauguração da exposição da Kameraphoto (dia 28). Setembro foi assim na Casa Fernando Pessoa.

28.9.06

Especialistas dizem que Shakespeare bebia quando escrevia








O dramaturgo inglês William Shakespeare (1564-1616) escreveu muitas das suas peças teatrais após noites de bebedeiras, afirmam o director artístico da Royal Shakespeare Company (RSC), Peter Hall, e o director do teatro Globo, Dominic Dromgoole. Para Hall, especialista na obra shakespereana, o autor de clássicos como A Tempestade, Hamlet e Romeu e Julieta escreveu muitas das suas obras embriagado, como havia sugerido o poeta contemporâneo ao dramaturgo, Ben Johnson. Dromgoole afirma que Shakespeare criou os seus versos mais famosos "nas segundas-feiras após tomar porres". Segundo ambos os conhecedores do escritor inglês, dentro da obra de Shakespeare há "versos ruins", compostos sob os efeitos das enxaquecas causadas pelo excesso de álcool das noites anteriores. Shakespeare, dramaturgo, poeta e actor inglês, nasceu em 23 de abril de 1564 e morreu em 3 de maio de 1616. É considerado o escritor mais importante de língua inglesa e um dos mais célebres da literatura. (fonte: Folha de S. Paulo)

Redescoberto poema de Robert Frost












Um poema de Robert Frost nunca antes publicado - tributo a um amigo morto na Primeira Grande Guerra - foi redescoberto e surgirá no número de Outono do Virginia Quarterly Review, divulgou há dias a Universidade da Virginia. Denominado War Thoughts at Home, apareceu pela primeira vez em 1918, inscrito numa cópia de North of Boston, a segunda recolha de trabalhos de Frost. O poema não mais foi visto até que recentemente um estudante da Universidade da Virginia, Robert Stilling, deu com War Thoughts at Home quando passava os olhos por uns papéis de Frost.
(fonte: Los Angeles Times)

Kameraphoto expõe na Casa Fernando Pessoa









A exposição de fotografia e o lançamento do livro da Kameraphoto, que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou, terá lugar no próximo dia 28 de Setembro, pelas 18h30, na Casa Fernando Pessoa. A iniciativa conta com a participação dos fotógrafos Alexandre Almeida, António Júlio Duarte, Augusto Brázio, Céu Guarda, Dora Nogueira, Guillaume Pazat, João Carvalho Pina, Pedro Loureiro, Rui Xavier, Sandra Rocha e Valter Vinagre. A Kameraphoto, fundada em 2003, é a primeira agência portuguesa de fotógrafos freelancers. Culminar do processo de aproximação de um grupo de profissionais com experiências diversas no mercado nacional e internacional, a Kameraphoto pretende dar um contributo decisivo para a afirmação da fotografia portuguesa contemporânea no mercado global. A exposição poderá ser visitada até 30 de Novembro nos horários habituais: seg./sex. entre as 10h e as 18h; qui. das 13h às 20h.

A Epson patrocina a exposição que sei eu do que serei, eu que não o que sou.

Aprende-se História lendo romances históricos?












Na última quinta-feira de Setembro (dia 28 pelas 21h30), regressa à casa Fernando Pessoa a tertúlia Livros em Desassossego, que terá por tema Aprende-se História lendo romances históricos?. No debate vão estar Pedro Almeida Vieira, autor de dois romances históricos, Rui Tavares, historiador e António Mega Ferreira, um escritor que confessa odiar romances históricos. O editor convidado é Zeferino Coelho, da Caminho, que publicou o romance histórico português de maior sucesso, Memorial do Convento, e que vai falar de três livros recentes que viu editados por outros e gostaria de ter sido ele a editar. O romancista Miguel Real fará a pré-apresentação do seu novo livro, O Último Negreiro (edição QuidNovi), um romance histórico a publicar em Outubro. Carlos Vaz Marques será uma vez mais o moderador.

Máxima de Literatura para Hélia Correia












A escritora Hélia Correia (fotografada na imagem por Graça Sarsfield) venceu o Prémio Máxima de Literatura deste ano, com a obra Bastardia. O Prémio Máxima de Literatura, que já vai na 14.ª edição, tem o valor monetário de 7500 euros. O Prémio Revelação deste ano, de 2500 euros, foi atribuído a Lourença Baldaque, que se estreou literariamente com A Alegria do Bem e do Mal. Ana Maria Costa Lopes venceu o Prémio Especial do Júri, também no valor de 2500 euros, pelo ensaio Imagens da Mulher na Imprensa Feminina de Oitocentos - Percursos de Modernidade. O júri foi constituído por Madalena Fragoso, Maria Helena Mateus, Fernando Pinto do Amaral, João Aguiar e Laura Torres. (fonte: Público)

27.9.06

Recitais









Na última semana de Setembro, terão lugar na Casa Fernando Pessoa dois recitais de música. A saber:

Dia 26, pelas 18h30 - Rogério Cardoso Pires (guitarra)
Concluiu o curso de guitarra do Conservatório Nacional de Lisboa e apresenta um conjunto de peças de sua autoria.

Dia 27, pelas 18h30 - Quartetto Discantus (jazz/ world music)
Carlos Sanches (guitarras acústicas), Leopoldo Gouveia (guitarras acústicas), Joaquim Correia (baixo acústico) e Manu Teixeira (percussões)

100% acústico, no auditório da Casa Fernando Pessoa.

Escritora iraniana recebe prémio da União Internacional de Editores











A editora, autora e tradutora iraniana Shahla Lahiji recebeu o prémio Liberdade de Publicação no último dia 21, durante cerimónia de inauguração da Feira do Livro de Gotemburgo, na Suécia. Entregue a cada oito anos pela União Internacional de Editores (UIE), a escritora foi premiada devido ao seu exemplo de defesa e promoção da liberdade de expressão e de publicação. Nascida em 1942, Shahla Lahiji foi a primeira mulher editora no Irão, fundando em 1983 a Roshangaran, e que, desde então, tem publicado mais de 200 títulos, muitos deles provenientes de autoras.
(fonte: Câmara Brasileira do Livro)

26.9.06

O Apocalipse segundo Cormac McCarthy












Ainda este ano sairá o novo livro de Cormac McCarthy, The Road. Diz-se aqui que está mais próximo de Blood Meridian, Meridiano de Sangue - unanimemente considerado uma obra-prima - do que de All the Pretty Horses, Belos Cavalos adaptado ao cinema por Billy Bob Thornton, facto que contribuiu para o aumento da sua popularidade. The Road trata do fim do mundo, do Apocalipse, e promete ser tão dramático quanto parece. (fonte: Los Angeles Times)

Fundação Eugénio de Andrade vai reeditar o poeta com a Quasi

A Fundação Eugénio de Andrade (FEA) vai reeditar algumas das obras do poeta em parceria com a editora Quasi, ao longo dos próximos oito anos. A decisão foi ontem anunciada na sede da fundação, no Porto, pelo seu presidente, Arnaldo Saraiva, e por Jorge Reis-Sá, director da editora de Vila Nova de Famalicão. A parceria agora anunciada entre a FEA e a Quasi prevê que a editora se ocupe do grafismo (que continuará a ser assinado por Armando Alves), da distribuição e das relações com o mercado, ficando a "responsabilidade editorial e o cuidado do texto a cargo da fundação", disse Arnaldo Saraiva. O primeiro livro da nova parceria vai sair até Dezembro, e reunirá os três primeiros títulos da obra de Eugénio: Primeiros Poemas, As Mãos e os Frutos e Amantes sem Dinheiro. (fonte: Público)

22.9.06

Primeiras actividades de Setembro















Mesa-redonda que assinalou o fim da exposição Caligrafias, com apresentação da serigrafia Claridade do poeta Gonçalo Salvado, edição do Centro Português de Serigrafia (dia 12, em cima); pormenor da exposição La Raya que poderá ser visitada até 8 de Outubro (ao centro); sessão de lançamento do livro-objecto La Raya, em conjunto com as edições Del Oeste e a Junta de Extremadura (dia 20, em baixo)

20.9.06

Leitura em Setembro













Um recital com poesia de Ruy Belo dita por Manuel Cintra, dia 21 de Setembro pelas 18h30 na Casa Fernando Pessoa. "Sendo eu próprio poeta e Ruy Belo o meu poeta favorito de língua portuguesa, desejo agora tentar mostrá-lo, pegando no seu lado mais difícil: os poemas longos, nomeadamente do livro Toda a Terra, que são a meu ver as suas obras-primas. Por outro lado, estando Ruy Belo muitas vezes conotado com um sentimento de melancolia e morte, sem dúvida dois dos elementos que povoam a sua poesia, desejo perverter de certo modo essa ideia, tentando provar que há em Ruy Belo uma grande presença de luz e um grande elogio à vida e ao amor, mesmo ou talvez sobretudo quando fala de morte." (Manuel Cintra)

Apresentação a 20 Set. pelas 18h30 na Casa Fernando Pessoa










La raya é um projecto plástico de criação e comunicação no qual participam 8 artistas de diferentes disciplinas e que propõe, sucintamente, um convite à abordagem da realidade que nos rodeia de uma outra perspectiva, sendo esta mesma proposta a base de trabalho seguida por cada um dos criadores ao longo de todo o processo. A realização teve lugar em Badajoz, no período compreendido entre Fevereiro de 2005 e Fevereiro de 2006. La raya concretiza-se sob a forma de um livro-objecto contentor, de que foram produzidos 60 exemplares numerados, dos quais apenas 50 podem ser adquiridos. Cada exemplar inclui uma vintena de peças originais elaboradas uma a uma pelos próprios artistas, que foram reunidas no interior de um imponente contentor de ferro, envelhecido, aparentemente hermético mas facilmente manuseável. A idiossincrasia de alguns dos processos de composição (pintura, gravura ou escultura, em particular) atribui absoluta originalidade a cada uma das caixas, de modo que, na verdade, estamos a falar caso a caso de uma criação irrepetível. Cada exemplar numerado é acompanhado de um certificado de originalidade assinado pelos diferentes artistas.

Exposição patente no auditório da Casa Fernando Pessoa, de 20 Set. a 6 Out.

Hannibal Lecter regressa em Dezembro



Sete anos volvidos sobre a publicação de Hannibal, Thomas Harris entregou novo romance protagonizado pelo dr. Lecter, o sofisticado canibal assassino popularizado pela interpretação de Anthony Hopkins. A Delacorte Press deverá anunciar como data de publicação do livro o dia 5 de Dezembro, a contar já com o incremento de vendas que se verifica na época natalícia. Hannibal Rising, assim se chamará o novo opus de Harris, com 356 páginas, trata da infância e juventude de Lecter. Thomas Harris entregou igualmente o argumento que corresponde a esta quarta aventura, que deverá chegar às salas de cinema em Fevereiro de 2007, com produção a cargo da Dino De Laurentis Company. O filme tratará do mesmo período compreendido entre os 6 e os 20 anos de idade do jovem Hannibal, no qual este viria a assistir à morte da sua família inteira durante a II Guerra Mundial. (fonte: The New York Times)

Madrid apresenta obra plástica de Cesariny











Como os espanhóis só lhe associam o nome à poesia surrealista, será pelas letras que a pintura de Mário Cesariny se dará a conhecer, a partir de hoje, no Círculo de Belas-Artes de Madrid. A obra Voir Deux Fois, escolhida para capa do catálogo, sintetiza a relação entre dois campos que o artista sempre pisou em paralelo. Se na grande retrospectiva lisboeta de 2004 (Museu da Cidade) - organizada no âmbito da atribuição do Grande Prémio EDP de Artes Plásticas 2002 - o objectivo era "libertar" Cesariny do peso da sua escrita e reconhecer o pioneirismo e importância da sua produção plástica, em Madrid será a poesia a abrir caminho. E Navio de Espelhos, como no poema mas sem "o", é o título que até 19 de Novembro tentará seduzir o público. (fonte: DN)

Derradeiro livro de Tolkien sairá em 2007








É uma história inacabada mas mesmo assim Christopher Tolkien decidiu publicar The Children of Hurin, que será assim o último livro a sair no mercado do autor de culto J.R.R. Tolkien. O lançamento está previsto para o ano, nos Estados Unidos e no Reino Unido. Christopher Tolkien, filho do autor de O Senhor dos Anéis, esteve durante 30 anos a trabalhar nesta obra, que editou para que chegasse aos leitores acabada. The Children of Hurin é um conto épico que Tolkien (1892-1973) começou a escrever em 1918, mas que depois deixou a meio. Christopher Tolkien (nascido em 1924) é o mais novo dos quatro filhos do também professor de Literatura Inglesa. E é conhecido como editor de muitas das obras póstumas do pai: redesenhou inclusivamente mapas para O Senhor dos Anéis. (fonte: Público)

18.9.06

Casa de José Régio raebre em Dezembro












Se fosse vivo, José Régio completaria 105 anos. A data não foi esquecida pela autarquia da sua terra natal, Vila do Conde, que ontem abriu a casa do poeta, fechada há dois anos para obras, ao público. A inauguração definitiva está marcada para o dia 22 de Dezembro. Nessa altura, o interior surgirá com o mesmo espólio, e no mesmo lugar, que havia no dia em que o autor de Cântico Negro morreu. A Casa de José Régio será o ponto de partida da Rota d'Escritas, um projecto que desenha ao visitante da cidade o itinerário das habitações onde diversos escritores viveram e assinala ainda os seus locais de referência. Pela geografia vila-condense, entre outros, passaram Antero de Quental, Eça de Queirós, Camilo Castelo Branco, Guerra Junqueiro, Júlio/Saúl Dias e José Pacheco Neves. Antero escolheu esta terra para passar os últimos anos de vida no Continente, Ruy Belo viu em Vila do Conde "o lugar onde o coração se esconde". (fonte: DN)

Casa-Museu de Camilo compra 112 cartas do escritor

A Casa-Museu de Camilo, em São Miguel de Ceide (Vila Nova de Famalicão), assina hoje um contrato de aquisição de um conjunto de 112 cartas manuscritas por Camilo Castelo Branco, e outros documentos inéditos, no valor global de 25 mil euros. Entre os documentos presentes nesta colecção constam cartas dirigidas por Camilo Castelo Branco (1825-1890) a Ana Plácido, com quem viveu naquela casa de Ceide, onde mais tarde se viria a suicidar. A colecção agora adquirida pela Casa-Museu de Camilo também engloba cartas a Tomás Ribeiro, um político e amigo do escritor, um exemplar, raríssimo, do folheto Folhas Caídas, da autoria de Camilo, editado em 1854, e três retratos do escritor, entre outros documentos importantes para o estudo da sua vida e obra. (fonte: Público)

15.9.06

A Casa de Pessoa no Brasil

Recém-instalado no centro de São Paulo, o Instituto Cultural Fernando Pessoa quer tornar-se a Casa de Fernando Pessoa no Brasil. Para isso está a promover palestras, exposições, seminários e cursos sobre o poeta e também sobre literatura escrita em língua portuguesa. Informações sobre a programação pelo e-mail: icfernandopessoa@terra.com.br.

Lista do Booker 2006 reduzida a seis nomes












O júri da 38.ª edição do Booker Prize for Fiction apresentou ontem as suas escolhas. Eram 19 títulos em concurso, agora ficam apenas seis. A lista inclui a galesa Sarah Waters (nomeada também em 2002), com o romance The Night Watch; Kiran Desai, indiana, com The Inheritance of Loss; a australiana Kate Grenville, com The Secret River; M.J. Hyland, londrino, com Carry Me Down; o americano Hisham Matar, com In the Country of Men; e Edward St. Aubyn, com Mother"s Milk. O Booker Prize é um dos mais prestigiados prémios literários a nível internacional, ambicionado por qualquer ficcionista britânico. O vencedor do prémio receberá 50 mil libras (cerca de 74 mil euros) e os restantes nomeados 2500 libras (3700 euros). Mas a principal mais-valia do prémio é o reconhecimento internacional (e o consequente aumento do número de leitores) que ele propicia ao escritor distinguido - um bom exemplo foi o que aconteceu com Allan Hollinghurst, distinguido em 2004, que viu o seu livro The Line of Beauty tornar-se um best-seller. O Booker Prize 2006 vai ser atribuído a 10 de Outubro em Londres. (fonte: Público)

Romance "Equador" vai ser adaptado para televisão









O livro Equador, de Miguel Sousa Tavares, vai ser transformado numa série televisiva de 26 episódios que deverá ir para o ar em 2007. A sugestão partiu do director-geral da TVI, José Eduardo Moniz, e constitui uma das grandes apostas da estação de Queluz no que toca à produção nacional. A estreia da série ocorrerá por ocasião do 15º aniversário da TVI, que se celebra em Fevereiro.
(fonte: Diário Digital)

14.9.06

Livro de Mário Claúdio traduzido para francês









O romance de Mário Cláudio Ursamaior vai ser lançado em França em Outubro com o título La Grande Ourse, anunciou hoje a Dom Quixote. É o quinto livro do autor traduzido em francês, neste caso por Pierre Leglise-Costa e Ana Corte-Real, e será apresentado ao público dia 10 Outubro pelo escritor Michel Host, Prémio Goncourt 1986. Mário Cláudio, 65 anos, já publicou mais de duas dezenas de títulos de ficção, poesia e teatro, tendo ganho o Grande Premio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores em 1985 e o Prémio Pessoa 2004. (fonte: Diário Digital)

13.9.06

Realizador de "Cidade de Deus" adapta Saramago









Em 1997, muito antes de lançar Cidade de Deus (2002), o realizador Fernando Meirelles tentou comprar os direitos de Ensaio Sobre a Cegueira (1995), de José Saramago. Meirelles queria fazer da adaptação do livro a sua primeira longa-metragem, mas Saramago recusou argumentando que não fazia muito sentido transformar em imagens uma história sobre a cegueira. Dois anos depois, Saramago aceitou vender os direitos à produtora canadiana Rhombus Media e, por obra do destino, caberá a Meirelles assumir a direcção de Blindness (título do romance em inglês). O filme é uma co-produção entre Brasil (leia-se O2), Canadá, Reino Unido (Potboiler Productions, produtora de O Fiel Jardineiro) e Japão (Bee Vine Pictures), apresentada oficialmente anteontem, durante o Festival de Toronto. (fonte: Folha de S. Paulo)

12.9.06

12 de Setembro, hoje











Marca o regresso da programação regular à Casa Fernando Pessoa.
(clique sobre a imagem sff)

Le Marin (O Marinheiro), de Fernando Pessoa









O Teatro Municipal de Almada apresenta na Sala Experimental, nos próximos dias 16 (pelas 21h30) e 17 (pelas 16h00), o espectáculo Le Marin (O Marinheiro), de Fernando Pessoa, pelo Théâtre Gérard Philipe de Saint-Denis (Centro Dramático Nacional), com encenação de Alain Ollivier e interpretação de Anne Alvaro, Magali Montoya e Sylvie Pascaud. No Domingo, pelas 18h30, haverá um encontro com o encenador francês. A cena de O Marinheiro representa a torre de um velho castelo à beira-mar. Três mulheres velam o corpo de uma jovem. "Não queres tu, minha irmã, que enganemos o tempo a contar o que nos aconteceu? É belo, e é sempre falso…" A peça ilustra perfeitamente a teoria de Pessoa acerca do "teatro de almas", e afasta-se esteticamente de toda a produção dramática de então. Nunca tendo sido representado na presença do autor, embora já tenha havido algumas encenações do mesmo, o texto de Fernando Pessoa permanece quase desconhecido.

Frankfurt com passagem para a Índia












A 58ª edição da Feira do Livro de Frankfurt dará destaque à literatura e cultura indianas. Editores de mais de 100 países são esperados este ano, entre os dias 4 e 8 de Outubro, para o preenchimento de cerca de 7000 expositores. Autores indianos como Vikram Seth e Amitav Ghosh encontram-se entre os nomes confirmados. Cerca de 150 editoras indianas também marcarão presença. Para além de leituras de autores indianos, a Feira anuncia a projecção de filmes, a organização de exposições e a divulgação da cozinha indiana. A edição do ano passado que contou com mais de 7200 expositores de 101 países, incidiu sobre a literatura coreana. A Feira do Livro de Frankfurt tem lugar todos os anos desde 1949. (fonte: Los Angeles Times)

Todos ao Chiado

Após um ano de interrupção, devido a falta de condições por obras na zona, a 11ª edição do evento cultural Livros no Chiado, organizado pela livraria Bertrand, regressa à Rua Anchieta (perpendicular à Rua Garret), onde vai estar presente de 26 de Setembro a 1 de Outubro, todos os dias, das 9h00 às 24h00. Nesta edição a novidade é a aposta na oferta de uma vasta selecção literária estrangeira, com exemplares importados de diversas áreas temáticas. Todos os livros estarão sujeitos aos já tradicionais descontos, que podem chegar aos 60%. (fonte: Diário Digital)

Obra de Fernando Pessoa em espectáculo para escolas









Numa co-produção com o Museu Nacional do Traje e direccionado para um público escolar, irá ser reposto nas instalações do museu - Palácio Angeja-Palmela ao Lumiar - de 19 de Setembro a 30 de Novembro, de terça a quinta-feira sempre às 11.00 horas, o espectáculo Das pessoas em Pessoa do actor e encenador Ricardo Bargão, sobre a obra do poeta Fernando Pessoa. O mesmo foi concebido para alunos a partir dos 12 anos, de modo a despertá-los para o entendimento da obra de Fernando Pessoa e fomentar o gosto pela poesia, pelo teatro e pelas palavras ditas e tem como foco, não só em alguns dos mais emblemáticos poemas de Fernando Pessoa ortónimo, assim como poemas de Alberto Caeiro, Álvaro de Campo e Ricardo Reis.

11.9.06

Lobo Antunes ganha Prémio Donoso













O escritor português António Lobo Antunes foi o escolhido do júri da sexta edição do Prémio Ibero-Americano de Letras José Donoso, atribuído pela Universidade de Talca, no Chile. O júri escolheu Lobo Antunes por unanimidade, e destacou a «crítica forte à identidade portuguesa, não isenta, no entanto, de amor ao país». Para além disso, relevou a forma como Lobo Antunes «dá conta de experiências que correspondem de muitas maneiras a um contexto semelhante ao dos conflitos na América Latina» - ou seja, a semelhança entre as ditaduras e as transições para a democracia em Portugal e em países sul-americanos. O Prémio José Donoso foi instituído pela Universidade de Talca para perpetuar a memória do escritor e a sua ligação a esta região situada ao sul da capital chilena, Santiago. Entre os anteriores vencedores encontram-se a chilena Isabel Allende e o argentino Ricardo Piglia. (fonte: Público)

Polémica na rentrée literária francesa












Entre os 697 livros novos da rentrée literária em França há um que não tem deixado ninguém indiferente, mais que não seja porque descasca na crítica e em certos escritores como se o fim do mundo estivesse a chegar. La Situation des Esprits, de Jean-Philippe Domecq e Eric Naulleau (edições de La Martinière), é curioso, jubilante e horripilante ao mesmo tempo. As primeiras palavras do livro são para mandar passear o leitor, que até pagou os direitos de autor: «Quem achar que está tudo bem nas artes, na literatura e na política em França, que feche já este livro. E quem pensar que é a improvisação que nos guia, que o feche também. Falamos aqui de coisas demasiado sérias para serem abordadas em simples almoços, numa tarde, ou em serões.» Consternados com um mundo em que «a cultura se mede em moeda de notoriedade» mediática, em que a cultura «foi posta ao serviço da auto-publicidade social», os autores fustigam o «auto-piropo com que se embriagam as nossas democracias mediáticas e mercantis». Eric Naulleau é director da pequena editora L"Esprit des Péninsules, e laureado com o prémio da crítica da Academia Francesa, em 2002, com o ensaio La Littérature Sans Estomac. Jean-Philippe Domecq é escritor e autor de inúmeros ensaios sobre a literatura e a arte contemporânea, mas diz que é apenas «um aprendiz de ser humano».
(fonte: Público)

Mário Saa, o poeta agora em livro

Tendo embora publicado diversos livros sobre as mais diferentes temáticas - alguns de tendência aforística, novelística, de prosa meditativa, estética ou polémica -, Mário Saa (1893-1971) nunca editou poesia. Ei-la agora, pela mão do poeta João Rui de Sousa, que, depois de um rigoroso e exaustivo trabalho de mais de dez anos, lhe traça o perfil humano e criador, o de um autor a meio caminho entre o orfismo e o presencismo. Dele ressalta, não obstante as «contradições que os seus papéis avulsos continuam a suscitar», a indiscutível valia e originalidade de uma trajectória literária. A edição é da Imprensa Nacional Casa da Moeda. (fonte: DN)

Novos autores portugueses traduzidos no Japão












Camões, Eça de Queirós, Fernando Pessoa, entre outros, «abriram caminho», foram os primeiros a «despertar» a atenção dos editores japoneses que hoje se mostram também interessados em nomes mais «recentes» da literatura portuguesa. Hoje é já possível mencionar um lote razoável de autores portugueses - não apenas clássicos, mas também modernos, contemporâneos - traduzidos na língua de Bashô e Kawabata. Miguel Torga e José Saramago, por exemplo. Mas também Rui Zink. O autor de Apocalipse Nau vai dar-se a conhecer ao leitor japonês com uma «novela curta» que escreveu em 1998 e as Publicações Europa-América publicaram. Título, A Espera. A notícia da tradução deste livro, em curso, foi dada há dias pela tradutora japonesa Itoko Hamasaki - e Zink confirmou-a. (fonte: Diário Digital)

Pessoa entre os novos títulos da Assírio












Fernando Pessoa regressa na lista das novidades para Setembro da Assírio & Alvim. Poesia 1931-1935 e não datada reúne poemas não atribuídos por Pessoa a nenhum dos seus heterónimos ou personalidades literárias e à semelhança do que sucede com os dois volumes anteriores, inclui poemas publicados em vida pelo autor e poemas que foram sendo dados a conhecer postumamente pelos mais diversos editores, para além de 123 poemas inéditos. Por outro lado, o Livro do Desassossego composto por Bernardo Soares passa a fazer parte da colecção Obra Essencial de Fernando Pessoa, mostrando-nos, como se sabe, o autor na sua faceta mais íntima e também mais universal. É o não-livro do não-ser, que existiu como ninguém. Outras novidades da mesma editora, incluem Uma Vida Imaginária, de David Malouf, ou o diário ficcionado dos últimos dias do poeta Ovídio; O Sonho Criador, de Maria Zambrano, que constitui um ponto de partida para a investigação acerca do tempo na vida humana; O Chapéu de Três Bicos, novela pícara tardia mas fulgurante de Pedro Antonio de Alarcón; o livro Poemas, de R. L. Stevenson, do autor de A Ilha do Tesouro; e o volume Em Conversa com Thomas Bernhard, resultante de entrevistas raras com este poeta, novelista e dramaturgo austríaco.

Isto só Ovídio










Com os Amores, Ovídio inaugura a sua carreira de poeta do amor, que lhe granjeou fama e sucesso nos salões mundanos de Roma. Um título plural, porque em muitas leituras se desdobram estes poemas que celebram as relações entre sexos: quando os sentimentos parecem vir ao de cima e a espontaneidade é rainha, o erotismo é feito, ora de pura sensualidade, ora de contemplação e respeito, filhos do impulso e de emoções súbitas, ante o deslumbramento da beleza; é a fulguração dos sentidos, próxima do irracional. Edição recente da Livros Cotovia com tradução de Carlos Ascenso André.

8.9.06

Juan Mera regressa às Publicações Dom Quixote

O espanhol Juan Mera foi nomeado administrador das Publicações Dom Quixote, substituindo João Paixão, "cujo mandato de três anos chega agora ao fim", lê-se num comunicado enviado ontem à comunicação social. As Publicações Dom Quixote pertencem ao Grupo Planeta, o maior grupo editorial de Espanha que em 1999 comprou a editora a Nelson de Matos. Não é a primeira vez que o grupo Planeta coloca Juan Mera à frente da Dom Quixote: este já dirigiu a empresa em 2002 e 2003. No comunicado, assinado pelo Grupo Planeta e pelas Publicações Dom Quixote, diz-se ainda que Juan Mera "dará continuidade às linhas estratégicas que têm vindo a ser prosseguidas até aqui, com ênfase numa programação editorial equilibrada, reconciliando as tendências do mercado com a identidade da editora, a qual tem por base autores portugueses e literatura em língua portuguesa". (fonte: Público)

7.9.06

A Dália Negra, em Setembro












A Presença aproveita a estreia iminente do filme de Brian De Palma com Scarlett Johansson, para editar o romance de James Ellroy que o mesmo adapta. O livro ficciona um crime realmente ocorrido na Cidade dos Anjos, durante o pós-guerra nos finais dos anos 40. A imprensa referiu-se-lhe como o caso da «Dália Negra», pelo facto da vítima, Elizabeth Short, uma jovem aspirante a actriz, enfeitar os cabelos com uma dália dessa cor. O seu corpo apareceu num terreno vago, horrivelmente mutilado e com sinais de ter sido torturado. Contudo, o caso nunca viria a ser deslindado e tornar-se-ia uma verdadeira lenda urbana. James Ellroy ressuscita-o, no contexto de uma Hollywood minada pela violência e pela corrupção, sobre um fundo nostálgico de música jazz.

Monsiváis vence Prémio Juan Rulfo 2006














O escritor mexicano Carlos Monsiváis venceu o Prémio Juan Rulfo 2006, um dos mais prestigiados das letras latino-americanas, por decisão unânime do júri que o considera autor de uma obra "deslumbrante", anunciaram esta segunda-feira os organizadores da Feira Internacional do Livro de Guadalajara. O escritor foi escolhido por um júri que integrava os mexicanos Sergio Pitol, José Luis Martínez e Gonzalo Celorio, a chilena Cecilia García Huidobro, o americano Seymour Menton, o peruano Julio Ortega e os espanhóis Beatriz Pastor e Jorge Urrutia. Crítico lúcido da classe política, Monsiváis escreveu crónicas que foram reunidas nos livros Días de guardar (1971), Escenas de pudor y liviandad (1988) e Los rituales del caos (1995). Fez também incursões pela arte da narrativa, tendo escrito a biografia Yo te bendigo vida (1992) acerca do poeta e diplomata mexicano Amado Nervo e ainda textos sobre o terramoto que assolou a capital mexicana en 1985. (fonte: La Nación)

6.9.06

Ciclo Fernando Pessoa












A Galeria Matos Ferreira, em Lisboa, organiza dias 8, 9 e 10 de Setembro um programa de palestras e uma sessão de poesia declamada com acompanhamento musical, em torno de Pessoa e de alguns dos seus interesses. Confira todo o programa aqui.

O livro do momento












É o livro do momento em França: 900 páginas sobre o Holocausto, escritas em francês por um americano que vive em Espanha. Les Bienveillants ("Os Bem Intencionados"), de Jonathan Littell, é a história na primeira pessoa de um assassino das SS que recorda, sem emoção, a sua actividade nos esquadrões Nazis de execução e nos campos de concentração e morte. O livro foi escrito de modo intenso ao longo de quatro meses, após cinco anos de investigação. Os críticos franceses comparam-no a Tolstoy, Dostoyevsky, Flaubert e Stendhal. (fonte: The Independent)

Prémio Rodrigues, o Intérprete












A biografia Infante D. Henrique: Pioneiro dos Descobrimentos e da sua Época, de Norio Kinshichi, e a tradução de O Crime do Padre Amaro, de Itoko Hamasaki, são as obras distinguidas com o prémio literário Rodrigues, o Intérprete de 2006. Instituído pela Embaixada de Portugal em Tóquio com base na doação de Jorge Midorikawa, antigo tradutor desta missão, o prémio, que será entregue no dia 8 de Setembro, destina-se a galardoar trabalhos editados no Japão, em língua japonesa, sobre temas ou autores portugueses. Concorreram ao prémio, este ano, oito obras. Os dois vencedores, distinguidos ex-aequo, vão partilhar os 500.000 ienes (cerca de 3.500 euros) do prémio.
(fonte: Diário Digital)

4.9.06

Biblioteca Nacional acolhe originais de António Gedeão

Diversos originais de Rómulo de Carvalho - nome no registo civil do poeta António Gedeão -, foram doados pelo poeta Luís Amaro à BN. O acervo irá enriquecer o Arquivo de Cultura Portuguesa Contemporânea desta instituição.

1.9.06

Novidades Quasi em Setembro









Dos vários títulos que a Quasi apresenta este mês, cabe aqui destacar "Voz Consonante", livro com traduções de poesia por António Ramos Rosa - faceta que o poeta revelou na revista Árvore (1951-1953); "António Ramos Rosa, um Poeta In Fábula", estudo da autoria de Paula Cristina Costa, que procura pensar e desenvolver o conceito de poesia como fábula proposto ao longo de toda a obra do poeta; e "Poesia" (2ª edição), volume de 448 páginas que além de vários inéditos, reúne os seis livros de Daniel Faria.

Almodôvar lança biblioteca itinerante em Outubro










O município alentejano de Almodôvar (Beja) vai criar uma rede de leitura através de uma Biblioteca Itinerante que, a partir de Outubro, levará «cultura em forma de livros» às localidades isoladas do concelho. Constantino Piçarra, director da Biblioteca Municipal de Almodôvar (BMA), explicou que se trata de um serviço itinerante de leitura criado a partir da biblioteca «mãe», situada na sede de concelho. Neste sentido, a Biblioteca Itinerante irá circular pelas 25 localidades do concelho, passando por cada uma delas de 15 em 15 dias, em locais e horários pré-definidos e a afixar nas juntas de freguesia. A carrinha irá transportar um acervo de 1500 livros de todos os géneros literários, além de CD, DVD e um computador com acesso à Internet e ligado à base de dados da BMA.
(fonte: Diário Digital)