31.10.06

Época dos prémios literários arrancou em França










Uma canadiana anglófona que escreve em francês e um jornalista do diário gaulês Libération são este ano os laureados dos prémios literários Femina e Médicis. Nancy Huston foi a preferida das senhoras do prémio Femina com o seu romance escrito em francês, Lignes de Faille, editado pela Actes Sud. O júri do Médicis escolheu, por seu lado, Sorj Chalandon e o seu segundo romance, Une Promesse (edições Grasset). Nancy Huston deixou há 25 anos as montanhas geladas de Calgary, no Canadá, para se instalar em Paris. Capaz de escrever em inglês como em francês, Huston é uma das raras escritoras que conseguiram impor uma obra numa língua diferente da sua língua materna. Lignes de Faille é o olhar comovente de quatro gerações de crianças sobre uma família americana com origens europeias pouco claras. Os críticos literários consideram que a autora conseguiu uma obra-prima com este livro. Sorj Chalandon é uma das mais belas assinaturas da imprensa francesa. Repórter de guerra no Iraque, no Líbano, na Somália e no Afeganistão, Chalandon ganhou o prémio Albert Londres de jornalismo, em 1988, com as suas reportagens extraordinárias sobre a Irlanda do Norte e pela sua cobertura do processo do antigo nazi Kalus Barbie. Une Promesse conta a história de uma promessa feita na infância por sete amigos, para neutralizarem o "maior perigo do mundo". (fonte: Público)

26.10.06

Poesia e outras Artes em Família









A 30ª edição das Encruzilhadas da Arte tem por título Poesia e outras Artes em Família. Os convidados são o casal Fernando Echevarría (Poesia) e Flor Campino (Poesia e Artes Plásticas). A apresentação e moderação estará a cargo de Maria Teresa Dias Furtado. Será exposto o livro Ritmo Real, da autoria dos dois convidados. A conversa incidirá também sobre outros trabalhos de Fernando Echevarría e de Flor Campino. E a actriz Teresa Lima lerá poemas de ambos os autores. Sábado, 28 de Outubro, pelas 15h30, na Casa Fernando Pessoa.

Antígona publica Reinaldo Arenas

Cuba, anos 70. Milhares e milhares de jovens, tal como os escravos no séc. XVI, são recrutados à força para trabalhar nos engenhos de cana-de-açúcar. Em condições miseráveis e absolutamente infames, vêem-se obrigados a atingir as muito elevadas quotas de produção. Remontando à época dos Descobrimentos, Arenas traça a história dos dulcíssimos grãos de açúcar, refinados à custa de sucessivas humilhações e variadas formas de opressão.
Reinaldo Arenas (1943-1990), poeta e romancista dissidente, perseguido e torturado pelo regime de Fidel Castro, expulso de Cuba e condenado ao exílio em 1980, teve a sua autobiografia, Antes que anoiteça, adaptada ao cinema em 2001.

25.10.06

Vamos debater o Plano Nacional de Leitura














Na sessão de Outubro dos Livros em Desassossego (dia 26, às 21h30), o debate será em torno do Plano Nacional de Leitura, com a presença da coordenadora do projecto, Teresa Calçada, do escritor Mário de Carvalho e do jornalista Vicente Jorge Silva. O poeta António Osório apresenta Casa das Sementes, o novo volume dos seus poemas escolhidos, e o editor Alexandre Manuel (Casa das Letras) fala de três livros que viu recentemente editados e tem pena de não ter sido ele a publicar. Carlos Vaz Marques é uma vez mais o moderador.

Miguel Sousa Tavares defende-se da acusação de plágio

O escritor e colunista Miguel Sousa Tavares está no centro de uma polémica que começou num blogue, se espalhou por vários e foi ontem manchete de um tablóide: Sousa Tavares plagiou parágrafos de um best-seller dos anos 70 para o seu best-seller Equador? "Obviamente que não", disse ontem Miguel Sousa Tavares. "Sem modéstia, escrevi um grande livro e não admito em caso algum que me acusem de plágio. Leiam os dois livros e não há comparação nenhuma." O escritor desconfia quem é o autor anónimo do blogue Freedomtocopy e vai indicá-lo como suspeito numa queixa-crime à polícia que deverá ser entregue esta semana. Freedomtocopy é um blogue anónimo criado na sexta-feira expressamente para este fim e acusa Miguel Sousa Tavares de ter plagiado o livro Freedom at Midnight, de Dominique Lapierre e Larry Collins, uma narrativa histórica sobre a independência da Índia, publicado em 1975 e que foi um best-seller. Sousa Tavares diz que há coincidências entre as obras, que são três ou quatro personagens históricas e factos históricos, "o que é absolutamente banal" já que Equador é um romance histórico e portanto as fontes também o são: para o escrever recorreu a "variadíssimas fontes". Na actual edição de Equador estão indicadas, na bibliografia nas últimas páginas, 29 livros, além de jornais e revistas do início do século. A edição francesa do livro de Lapierre e Collins é uma delas. (fonte: Público)

24.10.06

Romance de Milan Kundera chega à República Checa












Mais de duas décadas depois de ter sido publicado em França, o romance A Insustentável Leveza do Ser, de Milan Kundera, vai pela primeira vez estar à venda nas livrarias do país de origem do escritor. Kundera, nascido na então Checoslováquia (de cuja divisão resultaram a República Checa e a Eslováquia), proibiu a reedição da obra na sua língua materna por alegadamente não ter «tempo para fazer as correcções do texto». O livro, escrito no exílio em França, relata a relação amorosa entre um homem e uma mulher no quadro da repressão do movimento democrático da «Primavera de Praga», em Agosto de 1968. Kundera terminou o livro em 1982 e publicou-o pela primeira vez em Paris em 1984. (fonte: Diário Digital)

Picasso poeta sai do desconhecimento











Uma das facetas mais desconhecidas de Pablo Picasso, a poesia, é revelada num livro que será posto à venda amanhã, data do 125º aniversário do seu nascimento, com poemas em espanhol e referências a Espanha. Os textos foram recolhidos pelo investigador Rafael Inglada, um dos principais estudiosos da vida e obra de Picasso, que referiu hoje que a obra reúne 39 poemas escritos pelo artista entre 1894 e 1968, poucos anos antes da sua morte. Sob o título Textos Espanhóis (1894 e 1968), a obra representa uma «alusão dupla» ao facto de reunir textos originais em espanhol, mas também obras em francês com referências dominantes a Espanha. A faceta literária de Picasso é praticamente desconhecida do grande público conhecendo-se apenas uma edição completa das suas obras, Picasso écrite, publicada pela editora francesa Gallimard em 1979. Os temas taurinos e gastronómicos, os hábitos e costumes e as raízes e tradições espanholas têm um papel forte na obra poética de Picasso reunida no livro, que foi apresentado ao público em Málaga na noite de segunda-feira. (fonte: Diário Digital)

Portal Pessoa












Sítio onde se publica ensaios críticos ligados à literatura portuguesa e modernista. Um novo espaço onde académicos, profissionais, e outros interessados podem publicar os seus trabalhos e partilhá-los com outros leitores. A publicação contínua de novos trabalhos formará uma valiosa base de dados de ensaios sobre a literatura portuguesa e modernista. Neste momento podem já ser lidos trabalhos de Nuno Hipólito, Richard Zenith, José Blanco, entre outros.

23.10.06

"Francisca" recebe Prémio Fnac/ Teorema












Foi no alto mar que César Magarreiro escreveu o livro que lhe valeu o Prémio Fnac/Teorema, concurso literário que anualmente distingue um autor sem obra editada. Magarreiro é oficial da Marinha - géografo de formação - e aproveitou as longas permanências marítimas para escrever Francisca, livro que convenceu os elementos de um júri do qual faziam parte Nuno Júdice e Rui Zink. Romance histórico que parte do episódio verídico de Marcelina Maria - uma escrava do século XVIII que viria a ser acusada de feitiçaria -, Francisca é encarado pelo seu autor como a tentativa de dar a conhecer melhor uma época sobre a qual continuam a escassear análises históricas fundamentadas. (fonte: JN)

20.10.06

A outra Lolita














A Campo das Letras publica em Outubro o mais recente livro de Juan Marsé, Canções de Amor em Lolita's Club. Marsé é autor de outros romances populares e premiados como Últimas Tardes com Teresa, O Feitiço de Xangai ou Rabos de Lagartixa, todos Campo das Letras. Na apresentação de Canções de Amor em Lolita's Club, lê-se: "Qualquer mulher sentada num bar de alterne à espera de clientes sabe que o comportamento de um homem que perdeu tudo menos a vida é um mistério. Quem não acreditar, que pergunte às raparigas do Lolita’s Club, um tugúrio nos arredores de Barcelona, onde Nancy, Bárbara e Milena vendem carícias a granel, enquanto Dona Lola atende ao balcão e negoceia com os chulos do costume."

Livros de hoje, livros de ontem











O escritor António Lobo Antunes criticou esta quinta-feira «a imensa enxurrada de mediocridade que enche as livrarias», classificando-a como «os livros de hoje», que só serão lidos hoje e depois passarão a ser de ontem e serão esquecidos. «Fico de boca aberta com a quantidade de livros que se publicam e que, pelos vistos, são lidos», declarou o escritor, no lançamento de E se eu Gostasse Muito de morrer (Dom Quixote), do jornalista e argumentista Rui Cardoso Martins, que classificou como «um dos melhores primeiros livros que se têm escrito em Portugal nos últimos tempos». «Precisamos de bons escritores, de boa literatura», frisou. «Não há livro que se publique em Portugal que não seja um grande romance, são todos grandes romances - na contracapa. O pior é o que está lá dentro», disse Lobo Antunes, acrescentando que não é crítico literário «nem sequer um intelectual». Sobre a escrita, Lobo Antunes descreveu-a como uma actividade que requer «paciência, orgulho e solidão», sublinhando que não se deve confundir orgulho com vaidade, porque «o orgulho pode ser humilde e a vaidade nunca é». A propósito, o autor revelou que começou um livro quarta-feira e que ainda não aproveitou «uma única linha, uma única palavra», acrescentando que sabe que «vai ser assim nos próximos dois ou três meses». A Dom Quixote edita este mês o último romance de António Lobo Antunes, Ontem não te vi em Babilónia. (fonte: Diário Digital)

19.10.06

Évora debate literatura

As relações literárias entre Portugal e Espanha no século XX vão ser abordadas hoje e amanhã em Évora, no âmbito de um projecto luso-espanhol destinado a lançar o primeiro estudo sistemático dos contactos entre escritores ibéricos. O tema, que será discutido num colóquio internacional na Universidade de Évora, está inserido no projecto RELIPES (Relações Linguísticas e Literárias entre Portugal e Espanha), que abarca desde o século XIX à actualidade. As conclusões deste primeiro encontro, que conta com uma dezena de conferencistas e mais de 70 participantes, entre estudantes, professores e investiga dores da área, vão ser, posteriormente, compiladas num livro. (fonte: JN)

50 anos de vida literária















Pedro Tamen escolheu celebrar connosco.

A exposição bio-bibliografia dedicada a Pedro Tamen pode ser visitada até ao dia 25 de Novembro: de segunda a sexta entre as 10h e as 18h e às quintas-feiras das 13h às 20h.

18.10.06

Pedro Tamen, 50 anos de vida literária














A Casa Fernando Pessoa celebrará no próximo dia 18 de Outubro, pelas 18h30, junto com a editora Oceanos, os 50 anos de vida literária de Pedro Tamen. Será inaugurada uma exposição bio-bibliográfica sobre o autor (com livros, fotos, críticas literárias e duas esculturas) que ficará patente até 3 de Novembro, no espaço da recepção da Casa Fernando Pessoa. Na mesma sessão, terá lugar o lançamento de Analogia e Dedos (Oceanos), a mais recente recolha de poemas de Pedro Tamen, que será apresentada por Carla Braga. António Lobo Antunes, Maria Velho da Costa, Maria do Rosário Pedreira e o pintor Manuel Amado, entre outros, lerão a poesia do homenageado.

Aquilino Ribeiro poderá passar para o Panteão Nacional












O presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, propôs a trasladação dos restos mortais do escritor Aquilino Ribeiro para o Panteão Nacional, tal como aconteceu em 2004 com Manuel de Arriaga e em 2001 com Amália Rodrigues. A proposta de Jaime Gama foi feita na conferência de líderes, com o presidente da Assembleia a pedir aos grupos parlamentares «uma reflexão» sobre esta matéria. O escritor Aquilino Ribeiro, que nasceu em 1885 e morreu em 1963, encontra-se sepultado no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa, no talhão dos escritores. De acordo com a porta-voz da conferência de líderes, a socialista Celeste Correia, no passado a Assembleia da República já aprovou a trasladação de outras figuras nacionais para o Panteão Nacional, casos de Almeida Garret, João de Deus, Guerra Junqueiro, Sidónio Pais e, mais recentemente, Humberto Delgado (1990), Amália Rodrigues (2001) e Manuel de Arriaga (2004). (fonte: Diário Digital)

17.10.06

Professor Vargas Llosa












Entrevista de Mario Vargas Llosa, na qualidade de professor visitante da Universidade de Georgetown, ao jornal mais antigo de Nova Iorque - o Poughkeepsie Journal (1785) -, publicada no dia em que anunciariam o prémio Nobel da Literatura 2006. Para ler aqui.

O novo livro de Mario Vargas Llosa tem por título Travessuras da Menina Má.

Pinter esgota Royal Court a fazer Beckett












Era um dos mais aguardados espectáculos desta temporada londrina e um dos acontecimentos do ano: Harold Pinter, Nobel da Literatura 2005, que começou a sua carreira como actor, está a interpretar a peça de Samuel Beckett Krapp"s Last Tape, desde sábado, no Royal Court Theatre. Mas para quem não comprou bilhetes é praticamente impossível ver o espectáculo onde o Nobel aparece numa cadeira de rodas eléctrica: esgotaram em 17 minutos os ingressos para as dez representações (o que corresponde a 720 lugares). Michael Billington, crítico de teatro do Guardian (e autor de uma biografia de Pinter), ironizava que era "mais fácil comprar um bilhete para o final da Taça [de futebol] do que para o espectáculo de Pinter". A verdade, escreve, é que Pinter, 76 anos, não só faz bem o papel (onde Krapp, um homem de 69 anos se confronta com as suas memórias, que foi gravando ao longo dos anos) como proporciona "a leitura mais crua e menos sentimental da peça de Beckett" de que ele se lembra. A produção assinala o centenário de Samuel Beckett, o irlandês que também foi Nobel da Literatura: em 1969. (fonte: Público)

Nos 82 anos de António Ramos Rosa











O Teatro Nacional D. Maria II homenageia hoje, pelas 18h30, o poeta português António Ramos Rosa com o espectáculo coreográfico Rosa de Papel, organizado pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. A sessão comemorativa inclui ainda uma mesa-redonda, com a presença do autor. Serão ainda interpretados dois poemas de Ramos Rosa por Amélia Muge, e lançado o nono número da revista Textos e Pretextos, inteiramente dedicado ao poeta. A entrada é livre.
(fonte: Público)

Prémio Planeta para o espanhol Álvaro Pombo












Álvaro Pombo, poeta e romancista espanhol, foi distinguido com o Prémio Planeta, o prémio que mais dinheiro distribui na literatura espanhola. O escritor ganhou 601.000 euros com o romance La Fortuna de Maria Turpín, a história de um casal formado por um professor catedrático e uma economista, que envolve "duelo, rancor e amor" descreve Pombo. Este prémio vem juntar-se a outros recebidos por Álvaro Pombo: Prémio Nacional da Narrativa (1977), Prémio Heralde (1983) e Prémio da Crítica (1990). A 55ª edição do galardão distinguiu ainda a escritora galega Marta Riviera de La Cruz, com 150.000 euros, pela obra En Tiempo de Prodígios. Em 2005 ganhou a escritora Maria de la Pau Janer, com a obra Pasiones Romanas. (fonte: Público)

Percurso pessoano dia 21 de Outubro









Promovida pela Associação Portuguesa de Escritores, vai ter lugar em Lisboa, no próximo dia 21 de Outubro, a partir das 10h45, uma evocação “Pessoana”. Esta iniciativa, coordenado por Luís Machado, insere-se no projecto Itinerários, iniciado, no passado ano, com duas significativas homenagens a Miguel Torga e Eugénio de Andrade. O percurso pessoano, guiado pela escritora Teresa Rita Lopes e pelas professoras Ana Freitas, Madalena Dine e Manuela Parreira da Silva, inicia-se no Largo Trindade Coelho, visitando cafés e outros locais por onde o poeta da Mensagem passou. Com uma pausa para o almoço, no Restaurante Pessoa (Rua dos Douradores), o passeio prosseguirá com uma visita ao café Martinho da Arcada, onde decorrerá uma leitura de poemas por Luís Machado e Teresa Rita Lopes. O itinerário termina com uma visita à Casa Fernando Pessoa, pelas 17h00.

16.10.06

Seis novidades Quasi









A Quasi programou para o corrente mês a edição de seis novos títulos: Livro de Estimação (poemas), de Jorge Reis-Sá, Amargas Cores do Tempo (prémio Natércia Freire 2006), de Nuno de Figueiredo, Do Vinho e do Haxixe Comparados Como Meios de Multiplicação da Individualidade, de Charles Baudelaire, Letra e as Tintas (ensaio), de Albano Martins, Núpcias Silenciosas (poemas), de Lourdes Espínola e Gentes da Terra (vários autores), comemorativo dos oito séculos do Foral de D. Sancho I.

Catálogo de senhores









A Caminho, que já havia publicado os senhores Valéry, Henri, Brecht, Juarroz, Kraus e Calvino, tem marcada para Outubro, também de Gonçalo M. Tavares, a edição de O Senhor Walser. Um excerto: «Quanto à casa, aos poucos começava a ficar irreconhecível pois os problemas pareciam ser maiores do que ao início se suspeitara. Duas janelas estavam já desmontadas e substituídas provisoriamente por cartão, fixo às paredes com fita-cola forte.- Não é bonito, mas é provisório – alguém disse, tranquilizando Walser.»

Prémio Lorca para Blanca Varela












Pela primeira vez, o Prémio Internacional de Poesia García Lorca - o maior galardão de poesia em castelhano - foi atribuído a uma mulher. O júri, presidido por José Torres Hurtado, escolheu entre 34 candidatos a peruana Blanca Varela, vencedora em 2001 do Prémio Octavio Paz. Nascida em 1926 na cidade de Lima, formou-se em Letras e Educação na Universidade de San Marcos. Em 1947 inicia o seu percurso literário e pouco tempo depois muda-se para Paris (onde conhece Sartre, Beauvoir, Michaux e Giacometti). Viveu em Florença e em Washington, antes de regressar a Lima, onde actualmente reside. (fonte: Actual/ Expresso)

13.10.06

Livro de Coetzee considerado o melhor dos últimos 25 anos













Desgraça, do escritor sul-africano J.M. Coetzee, foi considerado o melhor romance em inglês dos últimos 25 anos. O Prémio Nobel da Literatura 2003 ocupa o primeiro lugar de uma lista criada com as votações de 120 escritores e críticos literários que aceitaram responder a um inquérito do jornal The Observer destinado a escolher a melhor obra de ficção escrita entre 1980 e 2005 no Reino Unido ou em qualquer outro território da Commonwealth: 54 nações ligadas histórica ou politicamente ao Reino Unido. Desgraça, o romance sobre a relação entre brancos e negros nos últimos tempos do apartheid que valeu a Coetzee o segundo Booker Prize em 1999 (foi o primeiro escritor a ganhar o prémio duas vezes), foi considerado por muitos dos inquiridos "inesquecível". Logo a seguir a Coetzee ficaram escritores como Martin Amis (Money, 1984), Ian McEwan (Expiação, 2001), Kazuo Ishiguro (Os Inconsolados, 1995), Anthony Burgess (Earthly Powers, 1980), Penelope Fitzgerald (The Blue Flower,1995) e Salman Rushdie (Os Filhos da Meia-Noite, 1981). O inquérito do Observer teve por modelo o que foi feito uns meses antes pela New York Times Book Review, em que a publicação pediu a 200 escritores e críticos que identificassem o melhor romance americano escrito no mesmo período (1980-2005). Os resultados, divulgados em Maio, davam Toni Morrison (Amada, 1987) como vencedora, seguida de Don DeLillo (Underworld, 1997).
(fonte: Público)

Tertúlia em Sintra












A primeira edição da Tertúlia de Poetas de Sintra, dedicada ao poeta Ruy Belo, é já na próxima quinta-feira, dia 19 de Outubro de 2006, às 21 horas, no espaço Saca de Café, com entrada livre. As inscrições deverão ser feitas até ao próximo dia 18 de Outubro, através dos seguintes endereços de e-mail: nestevens@sapo.pt e joze.sabugo@oninet.pt A conversa irá fluir à volta do mote “Um Poeta no País Possível”, relacionado com o legado poético de Ruy Belo.

12.10.06

Orhan Pamuk vence Nobel












Era ele que reunia o maior número de apostas, e desta vez os apostadores acertaram em cheio. O romancista turco Orhan Pamuk conquistou o prémio Nobel de Literatura 2006. (fonte: Topix.net)

Saiba mais sobre o Nobel de Literatura 2006 através do seu site pessoal.

Os Jardins da Memória e A Cidadela Branca, dois livros de Pamuk editados pela Presença.

National Book Awards já têm nomeados












Os National Book Awards (NBA), distribuídos pelas categorias de ficção, não-ficção, poesia e literatura infantil, e atribuídos pela National Book Foundation, são uma das mais prestigiadas distinções das letras norte-americanas. Este ano surpreenderam ao deixar fora da lista de nomeados nomes tão importantes como Cormac McCarthy, Thomas Pynchon ou Charles Frazier (autor de Cold Mountain, com que venceu o NBA em 1997), em favor de obras que têm por nota dominante a abordagem aos atentados de 11 de Setembro. Entre os finalistas encontram-se The Looming Tower, de Lawrence Wright, A Disorder Peculiar to the Country, de Ken Kalfus e The Zero, de Jess Walter. O prémio em cada uma das categorias é de 10 mil dólares. (fonte: Topix.net)

Editora POL publica escritos "esquecidos" de Marguerite Duras








Para os adeptos incondicionais de Marguerite Duras, a publicação póstuma pela editora POL de Cahiers de Guerre et Autres Textes, quatro textos inéditos da escritora francesa, é um puro momento de felicidade. Estas páginas, redigidas entre 1943 e 1949, "têm uma importância capital", afirmam Sophie Bogaert e Olivier Corpet, do Instituto Memórias da Edição Contemporânea (IMEC), a quem foi confiado o espólio manuscrito de Marguerite Duras. Bogaert e Corpet dirigiram a publicação de Cadernos de Guerra na POL, porque, frisam, eles "são a matriz" dos grandes romances de Duras, Uma Barragem Contra o Pacífico (1950) e O Amante (Prémio Goncourt em 1984). As páginas ficaram guardadas anos a fio num envelope de papel castanho, dentro de um armário da casa de campo da escritora. O primeiro caderno exume as dores e as humilhações da infância passada numa família violenta. O segundo caderno propõe um romance inacabado, Theodora, que dará azo a Destruir, Diz Ela, publicado em 1969. A morte do seu primeiro filho ocupa o terceiro caderno, num estilo duro. O quarto é uma récita sensual de umas férias em Itália com o marido, Robert Antelme, e o amante, Dyonis Mascolo. Os outros textos são folhas esparsas "saturadas com perfumes, folhas vivas, altaneiras", segundo os editores. Para os exegetas e para os biógrafos de Marguerite Duras, estes Cadernos de Guerra são um tesouro incalculável. (fonte: Público)

11.10.06

Booker Prize 2006 foi para Kiran Desai












O vencedor do Booker Prize 2006, um dos mais importantes galardões literários de língua inglesa, no valor de 50 mil libras, foi atribuído ao romance The Inheritance of Loss, da escritora indiana Kiran Desai. Desai era um dos seis finalistas, juntamente com Hisham Matar (In the Country of Man), Kate Grenville (The Secret River), Sarah Water (The Night Watch), M.J. Hyland (Carry Me Down) e Edward St. Aubyn (Mother`s Milk). Filha da novelista Anita Desai, Kiran nasceu em 1971 e foi educada na Índia, Inglaterra e Estados Unidos, tendo publicado a sua primeira novela Hullabaloo in the Guava Orchard em 1998. O Booker Prize, destinado a obras de ficção, foi instituído em 1969.
(fonte: Diário Digital)

E muito mais sobre a autora, aqui.

10.10.06

Um americano em Lisboa













Philip Graham é um norte-americano, autor de ficção e não-ficção, também editor de publicações literárias no seu país, que se deslocou a Lisboa pelo periodo de um ano - Agosto 2006 a Agosto de 2007 - para conhecer melhor uma cidade que adora sobre vários aspectos. Graham tem andado a escrever para o site da revista literária McSweeney's crónicas acerca da vivência entre nós, a quarta delas incidindo particularmente sobre uma das suas paixões, Fernando Pessoa. Outra das publicações online e em papel a beneficiar dos interesses de Philip Graham é a Hunger Mountain - oriunda de Vermont - que na edição de Outono de 2006 apresenta uma série de exemplos da prosa portuguesa recente, a partir do trabalho de autores como Rui Zink, Hélia Correia, Gonçalo M. Tavares, Luísa Costa Gomes, Jacinto Lucas Pires e José Riço Direitinho, traduzidos por Richard Zenith ou Patricia Odber de Baubeta. Este número da Hunger Mountain apresenta aliás na capa um pormenor dos azulejos de Paula Rego do Palácio da Fronteira.

Primeira tradução da Bíblia, em edição ilustrada









A tradução setecentista que João Ferreira Annes d'Almeida fez da Bíblia Sagrada ficou conhecida como sendo a primeira elaborada directamente do hebraico para português. Agora, o Círculo de Leitores e a editora Assírio & Alvim juntaram-se para dar um novo fôlego a esta tradução. O novo projecto de a Bíblia Ilustrada que hoje é formalmente apresentado no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, pelas 19h, é composto por oito volumes que compreendem a obra completa do Antigo e do Novo Testamento - e inclui mais de 600 ilustrações exclusivas da autoria da pintora Ilda David. A adaptação do texto para o português contemporâneo é da responsabilidade do teólogo e poeta José Tolentino Mendonça. O primeiro volume, Génesis - Levítico já está disponível. (fonte: JN)

Casa das Letras publica em 2007 autobiografia de Günter Grass

As negociações para a publicação de Beim Häuten der Zwiebel (Descascando a Cebola) foram concluídas no final da semana passada após contactos com a agente do autor na Feira do Livro de Frankfurt. Uma das exigências estava relacionada com a aprovação do nome do tradutor por parte do escritor e da sua presença num encontro com Grass, a realizar em Novembro, na Alemanha, para esclarecer eventuais dúvidas. No entanto, a Casa das Letras não quis divulgar ainda o nome do tradutor, limitando-se a referir que «esta não é uma obra muito fácil de traduzir». A autobiografia de Günter Grass vai ser publicada em 33 países no próximo ano. Na Alemanha, o livro que foi lançado no meio de viva polémica, em Agosto, já vendeu mais de 200 mil exemplares. (fonte: Diário Digital)

9.10.06

Back in the USSR












Algumas curiosidades sobre Martin Amis (no Guardian) e entradas para recensões ao seu mais recente livro, House of Meetings: aqui e aqui.

Em busca dos livros impossíveis










Vale a pena conhecer o site da livraria Letra Livre. Antes ou depois de tomar contacto com o próprio espaço desta.

Luis Sepúlveda em Portugal para promover novo livro












O escritor chileno Luis Sepúlveda estará em Portugal de 12 a 18 de Outubro para promover o seu livro, O Poder dos Sonhos, anunciou hoje a editora portuguesa do autor, Asa. O escritor, nomeado em Julho passado Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras de França, participará em oito sessões públicas no Porto, Gaia, Matosinhos, Coimbra e Lisboa. Luis Sepúlveda, 57 anos, exilou-se após o golpe de Estado de Pinochet, em 1973, e depois de ter vivido em Hamburgo e Paris, fixou-se em Gijón, Espanha. Entre os seus livros mais conhecidos figuram Patagónia Express, O Velho Que Lia Romances de Amor, Nome de Toureiro e História de Uma Gaivota e do Gato Que a Ensinou a Voar. (fonte: Diário Digital)

6.10.06

Livro analisa "plágios" de Machado de Assis












Uma colecção de ensaios reunidos pela Universidade americana de Massachussets para antecipar o centenário da morte de Machado de Assis (1839-1908), retrata o escritor fluminense como um "plagiário". E ainda por cima confesso. "A Revolução Francesa e Otelo estão feitos; nada impede que esta ou aquela cena seja tirada para outras peças, e assim se cometem, literariamente falando, os plágios", escreveu em 1895 o autor de Memórias Póstumas de Brás Cubas. A citação machadiana serve de exemplo para que o editor da colecção, o professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, João Cezar de Castro Rocha, explique: "Machado de Assis era um plagiário confesso, porque foi o primeiro escritor da literatura ocidental a reconhecer que o autor é antes de tudo um grande leitor". Baptizado com o intrigante título de The Author as Plagiarist – The Case of Machado de Assis ("O autor como um plagiário – o caso de Machado de Assis"), o livro foi já apresentado em Londres e em Washington. (fonte: BBC Brasil.com)

4.10.06

Fiama, Ramos Rosa e Macedo vencem prémios P.E.N. Clube 2006












O Prémio de Poesia do P.E.N. Clube Português relativo a obras publicadas em 2005 foi para António Ramos Rosa pelo livro Génese, anunciou esta terça-feira aquele clube literário. O prémio, no valor de 5 mil euros, foi atribuído por um júri constituído por Carlos Mendes de Sousa, Fernando Pinto do Amaral e Maria João Reynaud. O P.E.N. Clube Português atribuiu mais três prémios de igual valor, que distinguiram Fiama Hasse Pais Brandão e Helder Macedo (Ficção), Pedro Eiras (Ensaio) e José Bento e Miguel Serras Pereira (Tradução). O prémio Primeira Obra, no valor de 2.500 euros, foi atribuído a Ana Cristina Oliveira, autora de Continentes Negros. Fiama Hasse Pais Brandão e Hélder Macedo foram distinguidos pelos livros Contos da Imagem e Sem Nome, respectivamente, e Pedro Eiras ganhou com o ensaio Esquecer Fausto. José Bento e Miguel Serras Pereira assinaram duas traduções de D.Quixote de la Mancha. (fonte: Diário Digital)

3.10.06

Prémio asiático para Le Van Thao












O escritor vietnamita Le Van Thao deslocar-se-á a Banguecoque, na Tailândia, onde irá receber, no próximo dia 4, o ASEAN Literature Award. O romance premiado, Con Giong (A Tempestade) foi publicado em 2002 pela Youth Publishing House. É até à data o seu livro de maior sucesso. Thao revelou que a história é protagonizada por um veterano de guerra. (fonte: VietNamNet)

E o Nobel irá para...









O prémio Nobel da Literatura é a única das distinções anuais da Fundação Nobel que não é anunciada em data certa. Estabeleceu-se que o vencedor se torna conhecido sempre numa quinta-feira de Outubro, mas nunca se sabe previamente qual. Este secretismo do conclave sueco, composto por 18 membros vitalícios (mas provisoriamente reduzido a 16, após a morte de Östen Sjöstrand e Lars Gyllensten, em Maio deste ano), secretismo reforçado por uma rigorosa disciplina interna que impede as fugas de informação, provoca todos os outonos um surto especulativo nos círculos literários internacionais. Das revistas de referência à Internet, passando pelas casas de apostas britânicas, toda a gente parece ter uma opinião, um palpite ou uma certeza a partilhar com os restantes mortais. De entre os vários sucessores possíveis do dramaturgo inglês Harold Pinter, vencedor em 2005, perfila-se, como aparente favorito entre os favoritos, o romancista turco Orhan Pamuk, que tem dois livros traduzidos em português. Além dos "nobelizáveis" do costume - Roth, Vargas Llosa, Milan Kundera, Salman Rushdie, Amos Oz, Margaret Atwood, Carlos Fuentes, Doris Lessing, etc. - a imprensa sueca não se tem cansado de avançar com nomes menos óbvios (como o holandês Cees Noteboom ou o francês J.-M. G. Le Clezio) e mesmo alguns potenciais outsiders virtualmente desconhecidos na Europa, casos da argelina Assia Djebar, do sul-coreano Ko Un e de Tomas Tranströmer, um "homem da casa". (fonte: DN)

Adenda: o vencedor do prémio Nobel de Literatura de 2006 será anunciado na próxima quinta-feira, dia 12.

Saiu o segundo número da Volte-Face












Volte-Face é uma publicação sofisticada que aposta no impacto visual e na originalidade da escrita poética, apresentando trabalhos inéditos de diversos artistas nacionais. Tomando como mote o universo televisivo, os conteúdos temáticos desta edição sucedem-se no crescendo do que seria a grelha de uma emissão de TV. Volte-Face já se encontra disponível nas livrarias.

André Schwartz-Bart morre aos 78 anos

O escritor francês André Schwartz-Bart, que alcançou fama literária em finais dos anos 50 com o livro sobre o Holocausto O Último Justo, faleceu sábado, aos 78 anos, na ilha de Guadalupe, onde vivia, informou a sua família. Nascido a 23 de Maio de 1928 em Metz, França, numa família polaca de origem judia que viria a ser dizimada na sequência da deportação de vários dos seus membros para os campos de extermínio nazis, André Schwartz-Bart viria a receber o Prémio Goncourt em 1959. O galardão foi-lhe atribuído pelo livro O Último Justo, que conta a história de uma família judia ao longo dos séculos e a tragédia que a atinge durante o Shoah: palavra em yiddish que significa Holocausto. (fonte: Diário Digital)